Espaço, robôs e a nova nota $5 dólares do Canadá

O Banco Central do Canadá acabou de divulgar como serão as novas notas de $5 e $10 dólares, que serão lançadas em novembro deste ano.

O Canadá usará a nota de $5 como um tributo às contribuições do país no desenvolvimento espacial (construção do ônibus espacial e a Estação Espacial Internacional apresentando, ao lado da imagem do Sir Wilfrid Laurier, Primeiro Ministro do Canada entre 1896 e 1911, imagens do Canadarm2 e Dextre, um robô.

Você leu certo mano. Ao lado de um político temos um ROBÔ. Sensacional.

O melhor dessa história é a ironia neste novo design, como bem disse John Fingas do Engadget:

The only thing dampening the awesomeness is the irony of it all, as it’s an ode to technology in a format that’s being destroyed by technology.

Alegria para os nerds.

Ω

One More Thing não é uma questão de segredo

 

Todos nós sabemos que o segredo é parte integrante do DNA da Apple. Departamentos inteiros (ou setores, diria) têm privilégios e acessos à informações de forma segregada e são compartimentados conforme surge a necessidade, mas o ‘One More Thing‘ do falecido Steve Jobs não era apenas mais um ingrediente neste mundo secreto. Aquilo ali era puro show.

Não acredito que veremos Tim Cook surpreender a plateia dessa forma.

Ω

 

N.E: Este post tinha sido escrito originalmente em inglês em 30/07/2012. Como a língua oficial deste blog é o português brasileiro, resolvi traduzir os posts em inglês.

 

Exterminador do Futuro e o Principio da Autoconsistência de Novikov

Hoje resolvi falar sobre o Principio da Autoconsistência de Novikov. Como? Má que porra é essa Doutor? Simples, vejam como são as coisas.

Tudo começou quando resolvi querer comprar o Nike Air Mag, que foi lançado em 2011 para angariar fundos para a Michael J. Fox Foundation que luta contra o Mal de Parkinson, doença que aflige o genial Michael J. Fox. E ai? O que isso tem a ver com o tal principio?

Calma neguinho. Estou chegando lá.

Bom, procurando pelo tal tênis vi que o preço é astronômico (por volta de $5 mil obamas), o que desanimou. Para não considerar que perdi meu tempo procurando por um tênis que não rola de comprar, acabei lendo mais sobre o De Volta Para o Futuro 2, filme que originou o tênis. Obviamente, a grande sacada do filme é a maneira genial de como o conceito da viagem no tempo foi usado. Resolvi ler mais sobre o assunto e me peguei lendo sobre outro filme que trabalha o conceito de viagem no tempo de forma magistral: Exterminador do Futuro de 1984, um dos clássicos sci-fi.

E a porra do principio Daniel? Calma, agora vai.

Resolvi assistir o filme novamente e prestar mais atenção no desenrolar dos eventos passados no filme e percebi que a estrutura do roteiro parece respeitar as regras do referido princípio de autoconsistência. Vejam que, num futuro distante, as máquinas é que dão as cartas e o dealer é a inteligência artificial chamada Skynet, que a todo custo tenta exterminar a humanidade, mas se vê impossibilitada pois esbarra na resistência humana liderada por John Connor.

Numa derradeira tentativa de dizimar os humanos, a Skynet resolve enviar um assassino cibernético chamado de Exterminador de volta no tempo a fim de matar a Sarah, antes que ela seja a mãe de John Connor, o que evitaria a existência do próprio John e a sua resistência no futuro. Connor, por sua vez, envia Kyle Reese, um de seus soldados, de volta no mesmo tempo para proteger Sarah e garantir que ele seja concebido.

A grande sacada aqui é que, ao assistir estes eventos, naturalmente achamos que com o envio do Exterminador e de Kyle Reese a história será alterada. O que acontece, na realidade, é que estes viajantes no tempo acabam criando a mesma realidade que tanto querem alterar. Confuso? Vou explicar melhor.

Quando Sarah e Kyle estão fugindo do Exterminador, em um dado momento rola aquele clima e, pimba, habemus sexum, Sarah engravida de um garoto que vem a ser John Connor. Ainda, no fim do filme quando o Exterminador é destruído na fábrica, partes do assassino cibernético são recuperados pela Cyberdyne Systems, dona da fábrica. Esta companhia usa o que sobrou do Exterminador e desenvolve a tecnologia que será a base da criação da Skynet.

Como podem ver, Kyle e o Exterminador foram enviados de volta no tempo para alterarem a história, mas o que eles fizeram foi justamente criar a história que serviu de motivo para o envio deles no primeiro momento. John Connor é concebido e a resistência humana está garantida no futuro e o Exterminador serve base para a tecnologia que culminará na criação de Skynet, a inteligência artificial que quer dizimar a humanidade e que mandará um Exterminador ao passado para matar aquela que dará vida ao líder da resistência. Loco isso né? A Skynet sempre tentará alterar o passado, mas ela mesmo acaba criando o futuro que quer evitar.

Esta lógica é a base do Princípio de Autoconsistência de Novikov que tenta resolver o problema dos paradoxos relativos a viagens no tempo, que teoricamente são permitidas em algumas soluções contendo o que se conhece como curva tipo-tempo fechada (teoria da relatividade geral). Em outras palavras, o princípio explica que a história é sempre consistente e não poderá ser mudada, mesmo que alguém resolva voltar no passado e alterar a história com um novo evento. Caso exista tal evento que possa dar origem a um paradoxo (causar qualquer “mudança” no passado), então a probabilidade desse evento ocorrer é zero.

Aliás, modificar o passado e criar o futuro que conhecemos é conhecido como paradoxo de predestinação: um homem volta no passado para investigar um grande incêndio e sem querer acaba derramando querosene e iniciando o tal incêndio que o inspirou a voltar no tempo para investigar. Falar de paradoxos é papo de outro post.

No fim, o engraçado disso tudo é que a aplicação deste princípio no filme é baseado na premissa que, de fato, os viajantes no tempo acreditam que podem alterar o passado e, assim, modificar o futuro. Uma premissa totalmente contrária ao princípio discutido e base para os eventos do filme.

Ω

América não é mais a mesma. Estragram a nota $100 obamas

Quem me conhece sabe como admiro a história e cultura dos Estados Unidos da América, especialmente a simbologia encontrada na nota do dólar americano.

Acabei de ver o novo design da nota de $100 e achei que ficou bem caída. Vejam só.

Ω

Superman 75

Em 18 de Abril de 1938, 75 anos atrás, a então pequena Detective Comics, Inc. lançou nas bancas a Action Comics #1 com uma capa e história totalmente inédita para as “comic strips”. É claro que histórias de combate ao crime não eram uma novidade (The Phantom já existia), mas dessa vez o ineditismo era um “homem” desumanamente forte, rápido e capaz de pular prédios com apenas um salto.

Esta diferença foi determinante para Action Comics #1 não ser mais uma comic sobre um novo herói, na verdade, era o nascimento de um super-herói: Superman.

O pai de todos os outros super-herói.

Ω

21st Century Fox

Ontem, a News Corp anunciou a separação da divisão de entretenimento da companhia (incluindo os estúdios) e divulgou o nome da nova empresa que está sendo formada: 21st Century Fox. O novo nome demonstra, claramente, que o objetivo da nova companhia é o futuro.

Mudança simples né? Toda hora lemos sobre fusões e aquisições de grandes empresas e essa é mais uma fácil de entender, certo? Errado, a imprensa (despreparada) consegue complicar um simples anúncio, principalmente, dizendo que a Twentieth Century Fox havia mudado de nome.

Não é isso que tá rolando galera! Os dois estúdios Twentieth Century Fox, como está no comunicado para a imprensa, não vão mudar de nome simplesmente por conta da tradição da marca. A única diferença é que estes estúdios passam a fazer parte do 21st Century Fox, certamente uma holding do grupo News Corp. Simples assim. Na realidade, não muda nada e a Twentieth Century Fox contiuará a fazer cagada nos filmes do X-men.

Apenas por curiosidade, há 30 anos Rupert Murdoch, através da News Corp, comprou a Twentieth Century Fox, na época um dos maiores estúdios de TV e cinema do mundo. Por sua vez, a Twentieth Century Fox nasceu de uma fusão das então concorrentes Twentieth Century e Fox, resultando no nome tradicional do estúdio. Aquela historia que a expressão “século vinte” tinha apenas para homenagear o século passado não procede e, por isso que faz sentido a News Corp manter a tradicional marca.

Por ser uma marca, não faz o menor sentido mudá-la, ainda mais que a marca tenha um nome que refletia uma data ou evento ou qualquer outra característica que fazia sentido na época.

Vejam a Kodak, que dizem que o fundador George Eastman se inspirou no barulho que se fazia ao “andar” o filme e “clicar” para bater uma foto nas câmeras fotográficas do século retrasado. Hoje não temos mais este barulho (ou procedimento) para tirar uma foto e nem por isso a Kodak mudou de nome. Aliás, a história da Kodak merece um post exclusivo, ainda mais após o pedido de falência no ano passado.

Ω

LTE no iPhone 5 foi definido assim…

De acordo com Lowell McAdam, CEO da Verizon, inicialmente Steve Jobs estava relutante em oferecer LTE (4G) no iPhone 5, mas precisou de muito pouco para mudar de ideia:

Interestingly McAdam also recounted a meeting he had with former Apple CEO Steve Jobs, who is now deceased. McAdam was trying to convince Jobs to make the iPhone 5 compatible with LTE. “I was really trying to sell him and he sat there without any reaction. Finally, he said, ‘Enough. You had me at 10 Mbps. I know you can stream video at 10 Mbps.’ And Apple’s next phone was LTE,” McAdam said.

O que me espantava no Steve Jobs é facilidade com que uma tomava decisão importante e que podia mudar o rumo de um produto/serviço da Apple (tá certo que algumas vezes tomava diversas  decisões diferentes sobre o mesmo assunto tamanha a sua preocupação com detalhes), ainda mais hoje em dia quando me vejo na posição de tomar decisões no trabalho.

Tomar uma decisão para definir um caminho, ou dar uma solução a um problema ou oferecer uma saída requer muito conhecimento, certa diplomacia e, sobretudo, bolas, mas para a maioria, ficar em cima do muro é mais fácil.

Ω

iPhone 5S ou iPhone 6?

Quando se fala no lançamento do próximo iPhone, o interesse é gigante e tudo sobre o novo aparelho é imaginado, até mesmo a numeração do modelo, para não dizer o nome (até porque a Apple não vai matar a marca iPhone tão cedo). Como estamos nos aproximando do período em que as especulações ganham vida e os rumores começam a florescer, vou fazer a minha primeira aposta:

O próximo iPhone será o “iPhone 6”.

E por que não iPhone 5? Senão vejamos.

Me parece que, desde o lançamento do iPhone 3GS, a Apple tem nos “educado” que a cada dois anos o iPhone sofre uma revolução. Vejam as diferenças de specs e design do 3G, 4 e 5 e como as versões 3GS e 4S “apenas” evoluíram o então atual modelo. Os modelos 3G, 4 e 5 apresentaram novo design (3G com casing de plástico, 4 casing de sanduíche de vidro e armação de metal e o 5 com um casing de alumínio mais fino), novos processadores, novas câmeras e apresentação de novas versões do iOS, enquanto que as versões 3GS e 4S foram “apenas” evoluções, sem mudanças drásticas, principalmente no design do aparelho.

Todavia, a prática da Apple de nomear os modelos evoluídos com o ‘S’ não me parece mais uma boa jogada: primeiro por que existe uma pressão cada vez mais crescente de que os outros fabricantes (Samsung, principalmente) parecem lançar novidades e revoluções de seus aparelhos flagships a cada ano; segundo por que a onda pessimismo da Apple que reina no mercado, entre os admiradores e na imprensa especializada está no máximo e, terceiro, marcar um novo lançamento com o rótulo ‘S’ talvez “confirme” este pessimismo.

Este tal pessimismo começou a ganhar vida com o lançamento do iPhone 4S, muito em razão do aparelho ter sido “descoberto” após um funcionário da Apple ter esquecido o aparelho num bar. Naquela época, o Gizmodo dissecou o aparelho antes do seu lançamento e algumas pessoas começaram a levantar a suspeita que aquele aparelho encontrado era um fake e, automagicamente, o aparelho não seguia a linguagem industrial da Apple etc.

Essa onda ganhou força com os eventos do “Antenna-Gate” e da vacilada do novo Maps.app e chegou ao máximo com a morte de Steve Jobs. Esse pessimismo tem sido disseminado pelo mercado de valores com previsões estapafúrdias (iWatch, iTV etc.) e com isso a Apple amarga desvalorização das ações no mercado, mesmo tendo quebrado recordes de vendas e faturamentos a cada semestre, assim como apresentando números fantásticos de lucro líquido (só o segmento iPhone gera um lucro líquido maior que o faturamento total da Microsoft…).

O pessimismo é tão forte hoje em dia que, mesmo se a Apple lançar uma iTV de 60″ com resolução 4K com AppleTV embutido, com possibilidade de comprar aplicativos, tudo comandado via Siri, tudo isso por USD$ 99, é capaz do mercado, imprensa e admiradores reclamarem que o sistema não é aberto o suficiente e que o tamanho da tela não é grande o suficiente e que a Apple está rumando para a falência.

Ken Segall parece pensar o mesmo e aborda esta questão no iPhone Naming: When Simple Gets Complicated defendendo que o próximo iPhone seja chamado de “iPhone 6” e não “iPhone 5S”:

More important, tacking an S onto the existing model number sends a rather weak message. It says that this is our “off-year” product, with only modest improvements. If holding off on the big number change achieved some great result, I might think otherwise. But look what happened with iPhone 5.

This model brought major changes: bigger screen, better camera, greater speed, all on a thinner and lighter body. Yet its improvements were still dismissed by many as “incremental.”

Assim, o momentum da imagem de companhia inovadora da Apple não é dos melhores nos últimos tempos e lançar seu produto carro-chefe com um rótulo que hoje causa a impressão de uma leve evolução pode acabar sendo um tiro no pé.

Por isso, independentemente do que vai ser apresentado como o novo iPhone, seja uma versão totalmente e radicalmente inovadora ou uma versão bem melhorada do modelo atual, acredito que o melhor nome para o próximo iPhone seja “iPhone 6”.

ultima vez eu errei, quem sabe agora eu não acerto?

Ω

JC Penney demite CEO Ron Johnson.

Ron Johnson é o responsável pelo sucesso das Apple Retail Stores que mudaram algumas regras do mercado de varejo como ter vendedores não-agressivos que buscam a melhor solução sem, necessariamente, vender um produto, vendas iniciadas e finalizadas pelo mesmo atendente, sem caixa registradora e a criação dos Genius Bar, onde os clientes conseguem obter os mais diversos treinamentos.

Depois deste sucesso, em 2011, Ron Johnson foi contratado para ser o CEO da gigante do varejo com objetivo de recuperar a empresa e melhorar a imagem junto ao público consumidor (usando, é claro, um pouco da magia da Apple), mas dois anos depois (e com desvalorização de 50%) o board da JC Penney mudou de ideia:

JC Penney CEO Ron Johnson is out and Mike Ullman will rejoin the company as CEO, receiving an annual base salary of $1 million.

Como se tem falado pelos insiders da Apple, 2 anos não era tempo o suficiente para consertar a JC Penney. Pelo pouco que lembro da JC Penney, as lojas eram caídas, vendiam qualquer merda e tudo parecia que tinha estacionado na década de 1980. As idéias do Ron Johnson eram audaciosas, arriscadas até e, certamente, eram de longo prazo.

Talvez fechar o capital antes de uma reestruturação maciça teria sido melhor para JC Penney.

Agora, será que Ron Johnson volta como SVP de Retail da Apple? A vaga continua aberta…

Ω

Morre Carmine Infantino, cocriador do Flash e Batgirl

Realmente a semana ta puxada para a Morte.

Ontem, dia 4 de abril, morreu Carmine Infantino, um dos maiores desenhistas que passou pela DC Comics. A informação é de outro quadrinista, o também sensacional George Pérez, através do seu perfil no Facebook.

Infantino que já estava com 87 anos, começou a trabalha com quadrinhos nos anos 1940 e, já na década seguinte, recriou o Flash ao lado do roteirista Robert Kanigher, ambos supervisionados pelo lendário Julius Schwartz. O resultado desta empreitada foi da reformulação mais famosa do Flash (criação do tradicional colant vermelho e o efeito borrado do Flash quando corre são algumas das idéias de Infantino), o que resultou na HQ Flash de Dois Mundos, arco clássico dos quadrinhos que promove o primeiro encontro entre Barry Allen, o Flash daqueles tempos, com Jay Garrick, o Flash original. De uma vez só foi criado, ainda que sem querer, a Terra-2 e o Multiverso DC.

Depois do Flash, foi a vez do Batman na publicação do Detective Comics, introduzindo a versão moderna da Batgirl, alter ego da Bárbara Gordon (filha do Comissário Gordon). Infantino ajudou a cocriar o personagem Deadman e Adam Strange. Dono de um traço inconfundível e, ao meu ver extremamente elegante, Infantino foi promovido a diretor de arte da DC e, depois, foi alçado a Publisher da editora.

Em 1976, Infantino também foi responsável pelo primeiro crossover entre a Casa das Ideias (Marvel) e a Distinta Concorrência (DC), com um encontro entre Spider Man e Superman.

Nos anos 2000, Infantino processou a DC pelos direitos dos personagens Wally West (terceiro Flash), Captain ColdCaptain Boomerang e Batgirl que foram criados quando ainda era freelancer.

Até o momento não há qualquer informação sobre a causa da morte do Infantino.

R.I.P.

Ω

 

Facebook Home: Por quê?

Design lindo para uma interface de telefone que não tenho a menor vontade de usar.

Vou esperar o Jony Ive descobrir o futuro novo design do Samsung Galaxy S5.

Beijo, me liga.

Ω

Roger Ebert morre aos 70

Acabei de me deparar com a triste notícia do falecimento de Roger Eber, excepcional e lendário crítico de cinema.

É claro que é sempre um choque quando se é fã da pessoa que falece (não foi diferente com as mortes de Michael Jackson e Steve Jobs), mas depois dele ter anunciado um “leave of presence” nesta última terça em razão de uma recorrência do câncer, era de se esperar que a saúde ele não estava forte.

Triste para os amantes do cinema.

R.I.P.

Ω